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Até 2040 metade dos bovinocultores de corte podem deixar as atividades

A Licenciar comenta estudos da Embrapa que projeta que 50% dos pecuaristas podem deixar a atividade até 2040

22/12/2020 às 16h13 Atualizada em 22/12/2020 às 22h15
Por: Redação Verguia Fonte: Redação com Escritórios Licenciar
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Divulgação Assessoria
Divulgação Assessoria

O gestor de projetos e analista de safra Ivanildo Maia, dos Escritório Licenciar comenta a gravidade da realidade apontada pelo estudo publicado este ano que aponta que má gestão e defasagem tecnologia podem prejudicar boa parte dos produtores brasileiros.

Estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Corte divulgado este ano projeta que metade dos bovinocultores de corte que estão em atividade hoje pode deixar o campo até 2040.

A pesquisa revela, entre outras coisas, que muitos negócios aparentemente estáveis podem não perdurar ante os desafios das próximas duas décadas.

Um dos motivos para a projeção é o êxodo rural. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, entre 2006 e 2017, aproximadamente 1,5 milhão de produtores abandonaram a atividade, entre eles muitos pecuaristas.

Estruturas de produção antiquadas afastam os jovens, impedindo a sucessão no comando da fazenda.

Mas muitos pecuaristas podem ser excluídos por problemas financeiros.

“Muitas vezes, o produtor não faz as contas direito e acha que o negócio está prosperando, mas está se descapitalizando. Talvez a fazenda não esteja bem nem atualmente”, afirmou o analista de safra Ivanildo Maia, que coordena os escritórios Licenciar região Norte.

Segundo Maia, a pecuária de corte ainda é muito carente em termos de gestão.

“As anotações são precárias e não refletem o que está acontecendo no processo de produção, mascarando a situação. Às vezes ele só anota ‘gastei tanto e vendi a boiada por tanto’. Porém, a infraestrutura usada está se corroendo e precisa ser levada em consideração”, disse.

Além disso, segundo Maia, o futuro também vai exigir dos produtores aumento de produtividade e qualidade, rastreabilidade do negócio e bem-estar animal.

O desafio só será cumprido com a adoção de tecnologias de ponta. E está aí outro problema.

 Maia afirma que há uma lacuna entre as tecnologias existentes e aquelas aplicadas na fazenda.

“Muitos usam técnicas um pouco ultrapassadas de manejo e não adotam pacotes avançados. Ele precisa estar preparado para ter condições de dar resposta a essa demanda”, afirmou.

Nesse ponto, pesa sobre o setor a falta de assistência técnica no Brasil capaz de abarcar mais produtores.

“O Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural] é quem está puxando essa parte da educação e da transferência de tecnologia para o pecuarista e para a agropecuária como um todo”, comentou Maia.

Não é só falta de oportunidade

Para muitos, no entanto, não falta só oportunidade, mas vontade de melhorar.

Segundo o analista, o produtor ainda tem um padrão cultural muito extensivo. “Eles ficam um pouco arredios, desconfiados das novas tecnologias. É algo que passa de geração para geração. Pensam: ‘na época do meu avô era desta forma, meu pai fazia desta forma, por que vou mudar agora?’”

Os pecuaristas menores, que não têm capital para acessar tecnologias e insumos mais em conta com a mesma rapidez dos grandes, podem recorrer ao associativismo, organizando-se em redes e cooperativas. Além disso, essa pode ser uma forma de acessar canais de comercialização mais restritos.

“Existem soluções, mas elas precisam ser perseguidas”, diz.

Quem for incapaz de se adaptar às mudanças está fadado a ficar para trás, pontua Maia, me deparo com quadros assim em campo, cada dia mais crescente.

“A tendência é que a saída desses produtores dê lugar à pecuária corporativista, como chamamos. Grandes corporações produzindo com alta eficiência e padrão tecnológico”, finaliza.

 

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