Desde a última terça-feira (24), os hospitais estaduais de Porto Velho estão sem a coleta de lixo infectante. A falta do serviço de coleta de lixo começou depois que o contrato da empresa responsável pela coleta terminou na última segunda-feira (23).
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que tentou renovar o contrato com a empresa AmazonFort, mas não houve acordo.
A empresa era a responsável por realizar a coleta de lixo hospitalar no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, João Paulo II, Cosme e Damião e Cemetron.
Na quarta-feira (25), os hospitais improvisaram usando caixas de papelão para armazenar resíduos como seringas, faixas, frascos de medicamentos e luvas.
Suspensão de transferências de pacientes
Ainda na quarta o hospital Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) divulgou que vai suspender temporariamente as transferências de pacientes de outras instituições.
Por meio de memorando o Hospital esclareceu que a situação se apresenta de forma delicada no local, pois além do atendimento aos casos de doenças infectocontagiosas, perfil de atendimento da unidade, o Cemetron também dispõe de 32 (trinta e dois) leitos para COVID-19. Destes, 22 (vinte e dois) são leitos clínicos e 10 (dez) leitos de UTI.
Por meio de documento o hospital esclareceu que todos os resíduos gerados pelos 32 (trinta e dois) leitos de Covid-19 devem, obrigatoriamente, ser tratados e encaminhados a destinação final ambientalmente adequada. Por isso tais resíduos dependem do serviço especializado que, por ora, o local está desprovido.
Para agravar a situação, a Empresa Araúna, responsável pela limpeza e coleta do resíduo grupo D (comum), informou que não mais realizará a coleta dos resíduos comum que estiverem misturados aos resíduos infectantes.
O Hospital confirmou que se não bastasse o impasse gerado pela ausência dos serviços especializados o de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos Grupo A, B e E (infectante, químico e perfurocortante), também corre o risco de ser paralisado, também, a coleta de resíduos classificados como comum.
Desta forma, devido ao acúmulo de resíduos infectantes nas enfermarias o Hospital comunicou a suspensão temporária das novas admissões nesta unidade até que a Secretaria de Estado da Saúde contrate empresa especializada coleta de resíduos.
Em nota, a Sesau informou que propôs a renovação do contrato até o dia 31 de dezembro de 2020, mas a empresa não concordou.
Confira o que diz a nota:
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) propôs à empresa prestadora do serviço de coleta do lixo biológico dos hospitais estaduais a renovação do contrato, cuja Cláusula primeira previa a prorrogação da vigência do contrato pactuado entre as partes até 31/12/2020, entretanto, a referida empresa se posicionou contrariamente, tendo em vista ter solicitado prazo de 180 (cento e oitenta) dias. O que seria inviável para a SESAU que já possui um processo de contratação licitatório (0036.341348/2018-84) e emergencial em andamento (0036456949/2020-13), motivo pelo qual não se demonstrou pertinente a renovação pelo período requerido pela empresa, sobretudo, está adotando todas as medidas cabíveis para a contratação mais rápida possível das novas empresas participantes do certame emergencial.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está trabalhando para que a contratação da empresa prestadora do serviço de coleta do lixo biológico dos hospitais estaduais seja compactuada ainda hoje (25) e que os serviços sejam restabelecidos.
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