Barqueiros bolivianos liberaram, na tarde desta segunda-feira (22), uma embarcação que estava retida na fronteira havia três dias. Apesar disso, a travessia entre os dois países pelo rio Mamoré ainda está paralisada.
Autoridades dos dois países negociaram a liberação com uma associação que representa pequenos barqueiros. A embarcação brasileira ficou retida em Guayaramerin (Bolívia) desde sexta-feira (19).
A retenção foi uma retaliação à apreensão, pela PF, de uma embarcação boliviana que supostamente cruzou o Mamoré com artigos contrabandeados na sexta de manhã.
Empresários brasileiros das sete empresas que fazem o transporte entre os países pelo porto de Guajará-Mirim ficam revoltados e o clima ficou tenso em Guayaramerin. Policiais da Bolívia foram ao porto para garantir segurança do local e a devolução do barco brasileiro.
O que aconteceu
O “sequestro”, como trataram os empresários brasileiros, ocorreu no fim da tarde de sexta, logo após o barco, de inscrição Aquaflex, partir do porto de Guajará-Mirim, em Rondônia, cruzar a fronteira e chegar ao porto de Guayaramerin.
A retenção do barco foi feita por integrantes da associação de pequenas embarcações, os “peque peques”, quando ele atracou no Porto Oficial da Bolívia Nicolas Suarez com passageiros e tripulantes.
Ainda na sexta à noite, de forma emergencial, barcos bolivianos foram autorizados a cruzar a fronteira para poder levar as pessoas - entre elas crianças e brasileiros que estudam no país - que aguardavam o transporte para retornar para casa.
O trajeto foi feito sob forte escolta.
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